janeiro 01, 2008

A escassez de webdesigners profissionais em Angola

Por: Avelino A. Calunda

Para os profissionais ligados a Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no nosso país, particularmente na área de webdesign/developement, é fácil darem-se conta da inexistência na Internet, de websites da maior parte de empresas e instituições nacionais. Os poucos que têm, são raramente actualizados.

Verifica-se depois o facto de alguns destes (existentes) serem meras páginas anexas dentro doutros websites; sendo assim, empresas ou associações e organismos sem domínio próprio. Isso seria como se a título de exemplo, um escritor, ao publicar o seu livro, tivesse que deixar o seu trabalho ser inserido dentro dum outro livro!
Citaria como exemplo, o governo provincial do Kuanza-sul, cujo o acesso as suas páginas (até agora), requer primeiro passar pela (nexus.ao/kuanza-sul), ao invés de, por exemplo: govkuanza-sul.ao ou kuanza-sul.org, o que permitiria o acesso directo a sua página na Internet.

Os outros factos constatados é o da atribuição a alguns organismos de domínios que não correspondem aos objectivos sociais dos mesmos. Nota-se por exemplo que existem instituições religiosas com o domínio .com (quando deveria ser .org); os outros com .net, (quando deveriam ser .gov; .biz; .edu ou então com o código actual de Angola na Internet, que é o .ao). Os outros exemplos que seguem, reforçam as constatações acima enumeradas: tocoistas.com! (quando deveria ser .org, pois refere-se a uma igreja com fins não lucrativos […] ); fafutebol.com! (quando devia ser fafutebol.ao, porque é a federação Angolana de futebol); comunidadeangolana.com!, (quando deveria ser .net, pois trata-se de comunidade!); e assim por diante.

É logico se interrogar para saber, se estas situações são originadas pela (ainda) falta de informação (provavelmente) dos que nestas instituições, se responsabilizam da Comunicação & Imagem, ou se é o espírito de “deixa andar” que origina este estado de coisas? Estas situações, poderiam ser evitadas neste momento. Mas por outro lado é compreensivel que casos como estes ainda persistam em parte, por ainda não existir empresas constituídas em números suficientes no país.
Existem, até a data da escritura deste texto, alguns webdesigners em Luanda que tentam remediar a situação. Numa das passagens do livro das Escrituras e Discursos de Marcus Garvey*1, exorta que: Deus nos fez o que somos e apartir do nosso génio criador, nos definimos o que queremos ser. Que o céu Seje o limite e a eternidade a nossa meta. Não há montanhas que o homem/mulher não possa subir, ao usar a sua inteligência activa incrustada dentro de si. O intelecto humano quando bem nutrido, cria coisas maravilhosas, se não o limitamos”.

Mas contrariamente a essa exortação, dos ainda poucos webdesigners já existentes no mercado nacional, alguns têm que recorrer (de momento) ao uso de trabalhos “pronto a usar”; não para na sua maioria ganhar tempo de trabalho, mas porque se encontram ainda carentes de meios para fazer uma formação adequada de Webdesigner no País ou no exteriror, o que lhes permitiria em grande parte, mais inspiração para desenvolverem trabalhos de raiz.
A área de webdesign requer que o praticante seja também capaz de criar gráficos para os seus próprios trabalhos, evitando desta forma, o uso indevido de obras de criação alheias. Como escreveu num dos seus livros, Booker T. washington*2 : “Não deixe os outros fazer para ti o que você pode fazer para ti mesmo. Não imite, inspire-te dos melhores em todos domínios da vida e crie, inove ! Porque em nenhuma sociedade se respeita o dependente. Criar e inovar - sempre…”.

Ser webdesigner, implica ser criador de estilos próprios, diplomado ou pelo menos com experiência de alguns programas ou ferramenta de webdesign, grafismo e programação: Macromedia Studio8, Stylus Studio2006, HotDog Professional, Photoshop, html, Java script, PHP, Flash Studio e tantos outros actualmente disponíveis no mercado. Estas ferramentas de design profissional de websites, encontram-se a venda, para quem realmente anseia ao profissionalismo nesta classe deTecnologias de Informação comunicação (a Arquitectura Virtual e Interactivo, vulgo – webdesign).
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Para concluir, creio ser justo afirmar que se espera dos profissionais ligados a área de webdesign/developement no nosso país, nos próximos tempos, a tomada de consciência destas falhas, para que se superem erros na implementação de normas profissionais requeridas, ao por exemplo, constituirem-se grupos de trabalhos, o que permitiria expôr as necessidades e solicitar apoios a instituições estatais ou privadas para formação e superação técnica. Essa seria (na minha opinião), uma forma de diminuirmos progresssivamente, a penúria de profissionais em webdesign (Arquitectura Virtual & Interactiva) no nosso país.
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Refêrencias:
*1 – Writings and Speeches of Marcus Garvey (2004 Dover publications, Inc.)
*2 – Up from Slavery - Booker T. Washington – (2000 Signet Classic).

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabei o curso de webdesign este ano
Sou Português e gostava de realizar trabalhos em freelancing

tenho conhecimentos em

PHP
HTML
CSS
Javascript
MySQL

marinhais@hotmail.com