junho 08, 2008

Nos Estados Unidos da America: Tudo é possivel!

Por: Avelino A. Calunda

Tendo seguido desde o ínicio, as eleições primárias do "Democratic Party" (USA) e visto o interesse global que elas criaram, fiz um rescaldo que decidi partilhar com os visitantes deste Blog!

Esta foi uma eleição primária democrata que a Senadora Hillary Clinton podia e deveria ter ganho, mas que por enquando, ou seja desta vez pelo menos, e por um triz, faria algo que nenhuma mulher chegou de realizar naquele país: disputar a nomeação a presidencia dos Estados Unidos da America.
O género não é necessariamente a causa da perda da nominação democrata.
Posso enumerar entre outras, seis (6) razões da sua derrota:

1. Hillary Clinton tentou demonstrar ao longo da sua camapnha (que durou mais de 16 meses), como a candidata de experiência ao passo que a vasta maioria do eleitorado espera/va mudança. Ela desperdiçou recursos e muito tempo tentando convencer o eleitorado democrata que ela é mais experiente, enquanto que mais de dois terços de eleitorado quer/ia mudança. Infelizmente, quando deu conta destes factos, já era tarde e no fim do jogo, o senador Obama já tinha ocupado e ganho terreno.

2. O ambiente politico desta camapanha primária-presidencial foi muito diferente com a de 2000 ou 2004. Naquelas eleições o eleitorado precisava de um candidato resoluto e que representasse força. O país, precisava de uma figura paternal. Actualmente o povo e o país está a busca de um candidato que representa a reconciliação, alguem que seja capaz de unir o país, ou alguem com uma postura de mãe. O país queria duma mãe, Hillary apresentou-se como pai. Ela tentou mostrar que ela é dura enquanto os eleitores estavam a espera duma mãe com sensibilidade.

3. As campanhas presidencias duma maneira geral e em quase todos países, consistem em entender as aspirações do eleitor e desta maneira serem motivados a votarem na esperança. Em relação este aspecto, Hillary fez um tremendo trabalho ao lembar o eleitorado sobre as incertezas do futuro, mas pecou por não ter posto mais enfâse na esperança (Hope). Ela deixou-se confinar na equação do medo, enquanto a população queria que ela passasse aquela fase, num dado momento.

4. O Director de camapnha da Senadora Hillary Clinton baseaou a sua estrategia de campnha na ideia de que a mesma seria curta, ao contar sobretudo, nas victórias nos estados que dão mais delegados na convenção Demcrata.
Contráriamente a isso, a campanha foi mais longa do que esperavam, o que implicou que cada estado, não importa a sua grandeza em termos de delegados, era importante considerar todos estados sem discriminação. Como consequência, a sua equipa ficou desprevenida e não foram a tempo de re-equipar os grupos de trabalho, face a nova realidade que emergia.

5. Hillary Clinton não se separou o suficiente do seu marido (Bill Clinton) ao longo da campanha. Os eleitores em muitos aspectos, esperavam que ela se afirmasse por mérito próprio, sem contar muito com presença imposante do marido nos comicíos, todo ao longo da campanha, por ser ela que estava a concorrer para a presidencia. Isso porque cada vez que o marido aparecia, para muitos eleitores, ela aparecia fraca, e incapaz de ser ela mesma. Em muitos comicíos, o Bill parecia que era ele que estava a concorrer!

6. O país está/va a espera de algo novo, que tenha consonância com a nova geração, isso é, para os eleitores nos seus 30 (a geração pós 11/9...). O Senador Barack H. Obama foi capaz de representar a esperança na percepção da maioria dos eleitores nesta faixa étaria . Hillary não foi capaz de o fazer.
Como análogia, diria que o Senador Obama é da geração IPOD enquanto Hillary faz parte da Geração-Walkman. O Walkman é facil a usar e funciona bem - tambem; Apenas que não tem as mesmas funcionalidades.

Obviamente, esta é apenas uma parte da lista das causas que estão na origem da perda da eleição primária da senadora contra Obama. É por isso importante realçar o sucesso na estrategia de campanha do senador Obama, na maneira como comunicou a sua mensagem para mudança (Change).

Em situação normal, esta eleição democrata estava ao alcance da senadora Clinton, não importa quem fossse o oponente.
Para se repôr depois desta perda eleitoral, numa camapnha virtualmente ganha de avanço, as razões da perda não deveriam ser atribuidas a imprensa "misoginia" (como muitas feministas estão alegando), até porque Obama não foi visto como alguem de significante para fazer frente a uma “Political Power house” familia politica redutável nos USA, nos ultimos 20 + anos.

Espera-se que se tirem boas lições desta historica eleição primária democrata e que da próxima vez, se confirme uma mulher na final, e quiça, no comando dos USA!

Não obstante tudo o que ocorreu, ela merece o devido respeito, por ser a primeira mulher a chegar até onde chegou, do mesmo modo que se deve reconhecer a fineza politica do senador Barack H. Obama, ao ser o primeiro African–American a disputar as finais duma eleição presidencial; naquele país!

Agora uma pergunta fica no ar:
Dado que foi o primeiro passo, estão os Americanos, na sua maioria, realmente prontos a aceitar Barack Hussein Obama como seu “Command-in-Chief” Comandante-em-Chefe?

Eu ouso dizer que sim!
contrariando o cínismo que infelizmente ainda perdura em muita gente, o que eu chamo de pessimísmo crónico, quanto a uma tal possibilidade.

Nunca é demais lembrar-se que: Naquele país, tudo é possivel!

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