(Primeira parte)»Texto original escrito aos 03-20-2008 por: Lusala Nkuka S,J (Doctorando em Missiologia – Universidde de Roma) e Benda Bika.
Ha 400 anos morreu em Roma, o primeiro embaixador negro acreditado no Vaticano. Este embaixador foi o representante do Reino Kongo!
Se programar uma visita a Roma, e tem interesse na historia, procure inserir no seu roteiro de viagem, uma passagem na BASÍLICA de “Santa-Maria Maggiore”. Faça depois uma demanda de visita na Tomba da estatua “Nigrita. É uma tomba dedicada a um compatriota!
Esta historia é pouco relatada (para não dizer, não relatada) nos manuais da nossa historia contemporânea. A 400 anos, em 6 de fevereiro de 1608, morria em Roma,o primeiro embaixador negro Africano acreditado no Vaticano. Chamava-se António Manuel Nsaku NE VUNDA, e representava o Reino do Kongo - Os Mani Kongo.Um Kongo no Vaticano naquela época, como embaixador? Sim.
O envio de um embaixador a Roma era no contexto dos esforços do Rei do Kongo, de se passar de patronagem Português em questões de envagelização. O reino queria entrar em contacto direto com o que atualmente chamamos de Santo Pontífice.
Com efeito, foi pelo reconhecimento de patronagem que os diferentes Papas no Século XV tinham acordado à Portugal e Espanha; o privilegio exclusivo de “expandir” a fé Cristã nas terras por eles “descobertas e conquistadas” (1).
Se programar uma visita a Roma, e tem interesse na historia, procure inserir no seu roteiro de viagem, uma passagem na BASÍLICA de “Santa-Maria Maggiore”. Faça depois uma demanda de visita na Tomba da estatua “Nigrita. É uma tomba dedicada a um compatriota!
Esta historia é pouco relatada (para não dizer, não relatada) nos manuais da nossa historia contemporânea. A 400 anos, em 6 de fevereiro de 1608, morria em Roma,o primeiro embaixador negro Africano acreditado no Vaticano. Chamava-se António Manuel Nsaku NE VUNDA, e representava o Reino do Kongo - Os Mani Kongo.Um Kongo no Vaticano naquela época, como embaixador? Sim.
O envio de um embaixador a Roma era no contexto dos esforços do Rei do Kongo, de se passar de patronagem Português em questões de envagelização. O reino queria entrar em contacto direto com o que atualmente chamamos de Santo Pontífice.
Com efeito, foi pelo reconhecimento de patronagem que os diferentes Papas no Século XV tinham acordado à Portugal e Espanha; o privilegio exclusivo de “expandir” a fé Cristã nas terras por eles “descobertas e conquistadas” (1).
Olivier de Bouveignes sustentara que a falta de patronagem privaria o Reino do Kongo, dos missionários que ele precisava. Como é do conhecimento, a religião foi utilizada como um modelo dinâmico no Reino “Kongo”. É importante lembrar o leitor, que quando os Portugueses embarcaram na Foz do rio Kongo, (encabeçado pelo Diogo Cão) (2) o reino já estava poderosamente estabelecido, Segundo os documentos históricos, o reino era dirigido por um soberano residindo na capital (Mbanza-ya- Kongo). (Mesmo se as fronteiras eram supostamente “flutuantes”, as partes importantes do reino eram consideradas relativamente estáveis compostas de sete localidades:
Soyo, Mpangu, Mpemba, Mbata, Mbamba e Nsundi), nomes que sofrem alterações dependendo das escrituras portuguesas ou Inglesas, para representar o mais correto possível, a pronunciação dos nomes de ancestrais do reino “Kongo”
Os missionários católicos entram nesta região em 1490. No ano seguinte, Nzinga Nkuwu o rei do Kongo, é batizado sobre nome de Ndo Nzuawu.
Paradoxalmente, o Tutor português, se dedica ao mesmo tempo, nos interesses prosaicos: como o comercio de escravos, do ouro e do marfim. Os missionários converteram-se na sua maioria, em comerciantes e políticos (3).
Nsaku Ne Vunda, como primeiro embaixador negro no Vaticano, em 1608
Soyo, Mpangu, Mpemba, Mbata, Mbamba e Nsundi), nomes que sofrem alterações dependendo das escrituras portuguesas ou Inglesas, para representar o mais correto possível, a pronunciação dos nomes de ancestrais do reino “Kongo”
Os missionários católicos entram nesta região em 1490. No ano seguinte, Nzinga Nkuwu o rei do Kongo, é batizado sobre nome de Ndo Nzuawu.
Paradoxalmente, o Tutor português, se dedica ao mesmo tempo, nos interesses prosaicos: como o comercio de escravos, do ouro e do marfim. Os missionários converteram-se na sua maioria, em comerciantes e políticos (3).
Nsaku Ne Vunda, como primeiro embaixador negro no Vaticano, em 1608
A abertura de uma embaixada foi solicitada pelos portugueses depois da criação da Diocese do Congo em 20 de Maio de1596. Mas a execução da decisão foi sujeita a muitos entraves, causados por muitos que não queriam ver a soberania afirmada do Reino “Kongo”.
O impasse continuou até a morte do primeiro Bispo (português) de São Salvador ( em 10 de maio de 1602).
Seguindo as recomendações do novo rei de Portugal, Alvaro II, obedecendo ao Papa, o embaixador do Kongo no Vaticano deveria negociar a designação de um novo Bispo em Mbanza Kongo e (outras questões importantes) (4).
Dando-se conta desta missão, num dos artigos do quotidiano Italiano A Republica celebrara o 400o aniversario do embaixador do Kongo, o historiador Pietro Veronese precisa que constavam igualmente, nas missões do diplomata do kongo, a demanda de ajuda do Papa (o Vaticano) o termo do tráfico negreiro (5). ...1-2.
O impasse continuou até a morte do primeiro Bispo (português) de São Salvador ( em 10 de maio de 1602).
Seguindo as recomendações do novo rei de Portugal, Alvaro II, obedecendo ao Papa, o embaixador do Kongo no Vaticano deveria negociar a designação de um novo Bispo em Mbanza Kongo e (outras questões importantes) (4).
Dando-se conta desta missão, num dos artigos do quotidiano Italiano A Republica celebrara o 400o aniversario do embaixador do Kongo, o historiador Pietro Veronese precisa que constavam igualmente, nas missões do diplomata do kongo, a demanda de ajuda do Papa (o Vaticano) o termo do tráfico negreiro (5). ...1-2.
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Referências:
1 - (Cf. J. E. Martins Terra, « O patronato português» in Communio, n° 4, 1992).
1 - (Cf. J. E. Martins Terra, « O patronato português» in Communio, n° 4, 1992).
2 - Os manuais da histoire relatam falamente da « décosberta do Reino Kongo », como se seus habitantes não exiatiam antes da chegada dos Europeus !
3- Ler a este propósito a obra não concluída de Raphaël Batsîkama ba Nduala.
4 - (Cf F. Bontinck, « O monumento funèbre de '"Antonius Nigrita" em Roma, na Revista do clérigo Africano, 1951).
5 -"Un nigrita alla corte del papa", in La República edição de 08 janeiro 2008 .
5 -"Un nigrita alla corte del papa", in La República edição de 08 janeiro 2008 .
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